Rosário na Basílica de Aparecida

Neste sábado (12/05), o Santo Padre Bento XVI rezou os mistérios gloriosos do Rosário na Basílica da Padroeira do povo brasileiro. Depois, emocionou os fiéis que lotavam o Santuário com o discurso dirigido aos sacerdotes, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas.

Papa Bento XVI concentrado durante a recitação do Rosário. Foto: José Cordeiro / visitadopapa.org.br

Neste sábado (12/05), o Papa Bento XVI rezou os mistérios gloriosos do Rosário na Basílica de Nossa Senhora Aparecida. A casa da Padroeira do Brasil estava lotada de fiéis. Muitos ficaram do lado de fora acompanhando através de telões.

Depois da recitação do terço, o Santo Padre dirigiu suas palavras, de uma forma especial, aos sacerdotes, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas.

Aos padres manifestou todo o afeto do seu coração de Pastor: animou-os à busca da santidade e lembrou-lhes que o testemunho de um sacerdócio bem vivido dignifica a Igreja, suscita a admiração dos fiéis, é fonte de bençãos para a Comunidade, é a melhor promoção vocacional, é o mais autêntico convite para que outros jovens também respondam positivamente aos apelos do Senhor.

Não esqueceu os sacerdotes enfermos e idosos: a vossa conformação ao Cristo Sofredor e Ressuscitado é o mais fecundo apostolado! Muito obrigado!

Aos diáconos e seminaristas, o Santo Padre afirmou que ocupam um lugar especial no coração do Papa. Exortou os diáconos a seguirem o exemplo dos seus iguais no início da Igreja: homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo, de sabedoria e de fé. Confidenciou aos seminaristas seu desejo mais profundo: Rezo para que sejais, se Deus quiser, sacerdotes santos, fiéis e felizes em servir a Igreja!

Papa Bento XVI acena aos fiéis que davam vivas durante o discurso. Foto: José Cordeiro / visitadopapa.org.br

Aos consagrados e consagradas que estavam no Santuário da Padroeira do povo brasileiro, Bento XVI não poupou expressões de apreço: vós, religiosos e religiosas, sois uma dádiva, um presente, um dom divino... Esse amor sem reservas, total, definitivo, incondicional e apaixonado... suscita no coração dos jovens o desejo de seguir mais de perto e radicamente o Cristo Senhor e oferecer a vida para testemunhar aos homens e mulheres do nosso tempo que Deus é Amor e que vale à pena deixar-se cativar e fascinar para dedicar-se exclusivamente a Ele

Foi interrompido 25 vezes pelos aplausos e pelas frases de alegria do público. Normalmente, estas manifestações de afeto aconteciam quando suas palavras estavam relacionadas a conceitos como "fidelidade", "entrega plena" e "santidade".

Vitor Batista Pinto, 72 anos, mora em Bertioga e viajou 280 km para rezar com o Papa. Casado há 46 anos e pai de 5 filhos, estava muito contente, pois considera "uma alegria muito grande receber o representante de Cristo, o Sucessor de Pedro".

Klaus, Cornelia e seus dois filhos vieram de longe: Munique.

O pe. Xavier Masdeu da cidade de São Paulo relembrou a importância deste momento de oração: "o Papa veio colocar o V CELAM nas mãos de Nossa Senhora".

Klaus Kollmeder veio de mais longe: Munique. Estava indeciso entre uma viagem à Fátima para celebrar o dia da Padroeira de Portugal (13 de maio) e uma jornada ao Brasil para ver o Papa nestes dias. Segundo ele, foi sua filha de quatro anos quem tomou a decisão: "Ela disse que deveríamos vir para o Brasil". Todos estão muito felizes com a peregrinação.

O Santo Padre presenteou o Santuário com uma Rosa de Ouro. Há séculos os Papas oferecem este símbolo de afeição a pessoas, igrejas e cidades que manifestaram uma profunda união à Santa Sé. É a segunda vez que a Basílica recebe tal presente. A primeira foi em 1967, quando foi oferecido por Paulo VI.

Dom Raimundo Damasceno entregou ao Papa uma bela réplica da igreja e um DVD com a história da devoção a Nossa Senhora Aparecida.

Alexandre Gonçalves