O cristianismo é um relacionamento de amor, não um conjunto de regras

Elena conta sobre seu encontro com Deus: um encontro que a levou de uma crença difusa em algo para um relacionamento pessoal com Jesus Cristo.

Elena teve uma adolescência dispersa e confessa que, só continuou a estudar graças ao carinho e ao incentivo de seus pais: “eles eram como uma flecha que me indicava o caminho”.

“Meus pais eram como uma bússola que me ia guiando o caminho”

Mas o tema da fé não a preocupava nem se fazia perguntas. A existência ou não de Deus era algo que não afetava nem um pouco sua vida cotidiana.

Quando Elena começou a faculdade, conheceu muitas pessoas diferentes e se tornou amiga de Pilar, uma garota que a marcou: “ela era muito boa, tinha uma paz que me impressionava e se preocupava muito com os outros. Era um tipo de amizade diferente das que eu tinha tido até agora”.

O que ela tem de especial? O que falta na minha vida?

Pilar e Elena estudavam juntas, às vezes em uma residência do Opus Dei, faziam planos e se divertiam, mas Elena conta que havia algo que a incomodava: “uma quarta-feira ela me disse que ia à missa e eu pensei: ela está louca, a missa é no domingo. Eu lhe disse e ela me explicou que havia missa todos os dias. Fiquei muito surpresa. Percebi que Pilar era muito religiosa e, quando pensava no que ela tinha que eu não tinha, sempre chegava à mesma conclusão: ela tem Deus”.

Elena começou a questionar a sua vida e a sua fé. Ela começou a perguntar suas dúvidas. Então, chegou a Semana Santa e ela foi convidada a ir a Roma, ao UNIV, um encontro de estudantes universitários.

A Semana Santa foi um importante momento de graça para Elena, mas ela não se converteu imediatamente, por mais motivada que estivesse: quando voltei do UNIV, pensei que era quase uma santa, mas logo percebi que não seria tão fácil me tornar uma cristã coerente.

Começar e recomeçar

Elena conta com simplicidade como os hábitos de sua vida a enganaram: “Eu estava acostumada a ter relacionamentos bastante egoístas, olhava para mim mesma e não para os outros, e agora Deus estava me pedindo coisas que eu não estava preparada para dar a ele no início. Felizmente, Deus nos ajuda a não nos cansarmos e nos leva para a frente”.

Agora Elena sente a presença de Deus em sua vida diariamente, longe do formalismo ou da rigidez: visto por fora, a vida de união com Deus pode ser considerada algo muito rígido: 'agora você tem que rezar, agora você tem que ir à missa', mas se trata de procurar esses pontos de encontro com Deus e ela explica isso com uma comparação muito expressiva: “Acabei de me casar e, às vezes, estou na sala de estar com meu marido e olho para ele para ver se o encontro, então é a mesma coisa com Deus: rezo por um tempo e encontro seu olhar, vou à missa e o encontro e assim por diante o dia todo. Procuro seu olhar e é um olhar que dá força, que transmite amor, que acalma... Não vejo o cristianismo como um conjunto de regras, mas como um relacionamento de amor”.