​27 de Setembro: Palavras de D. Javier Echevarría na Beatificação

Um caloroso e especial aplauso acompanhou o agradecimento de D. Javier Echevarría, Prelado o Opus Dei, ao Papa Francisco e ao Card. Angelo Amato nas palavras que pronunciou no final da Beatificação de D. Álvaro del Portillo (27 de Setembro, em Madri)

Ao acabar esta solene celebração, desejo manifestar o meu mais profundo agradecimento à Santíssima Trindade pelo dom que hoje fez a toda a Igreja. A elevação aos altares de D. Álvaro del Portillo, sucessor de S. Josemaria Escrivá, recorda-nos de novo ao chamamento universal à santidade, proclamado com grande força pelo Concílio Vaticano II. A trajetória terrena do bem-aventurado Álvaro mostra-nos que o cumprimento cabal dos próprios deveres marca o caminho da santificação pessoal, que conduz à plena união com Deus, a que todos devemos aspirar.

Dou graças também à Santíssima Virgem, através de cuja mediação materna chegam a nós todos os dons do Céu. Rogo à Mãe de Deus e Nossa Mãe que continue a interceder por todos, por cada uma e por cada um, para que percorramos até ao fim o nosso caminho de santificação. Suplicamos-lhe de modo particular pelas irmãs e irmãos nossos que, em diversas partes do mundo, sofrem perseguição e inclusive o martírio por causa da fé.

A minha gratidão vai também para o Santo Padre Francisco pela sua paternal mensagem, pela sua proximidade e pelos claros conselhos para a luta espiritual dos cristãos. Com profunda gratidão dirijo-me ao Cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, que, em nome do Papa, com tanta dignidade e afeto procedeu à beatificação. Peço a todos que este agradecimento se manifeste numa oração diária, constante, esforçada, pela Pessoa e as intenções do Romano Pontífice, pelos Bispos e sacerdotes. Tenhamos muito presente a iminente Assembleia do Sínodo dos Bispos. Supliquemos ao Espírito Santo que ilumine os Padres sinodais nas suas reflexões, para bem da Igreja e das almas.

Considero-me devedor de um especial agradecimento a Bento XVI, que abriu o caminho desta beatificação com o reconhecimento das virtudes heróicas de D. Álvaro; também ao Cardeal Antonio María Rouco, Arcebispo de Madri, que com tanto empenho seguiu os trâmites da Causa ao longo destes anos. Agradeço, por fim a presença de tantos Cardeais, Bispos e sacerdotes. Para todos, a beatificação de D. Álvaro del Portillo tem um significado especial pela fidelidade com que viveu o seu serviço direto à Igreja, ao longo de muitos anos. Não esqueço, também, que é um dos colaboradores do Papa na Cúria Romana que, tendo participado ativamente no Concílio Vaticano II, foi declarado Bem-aventurado.

Imagino a alegria – parte da glória acidental – que terão no Céu os santos Pontífices João XXIII e João Paulo II, e o próximo bem-aventurado Paulo VI, a quem D. Álvaro serviu com fidelidade plena e tratou com afeto filial. E agrada-me muito sinceramente pensar de modo especial na alegria de São Josemaria Escrivá, ao ver que este seu filho fidelíssimo foi proposto como intercessor e exemplo a todos os fiéis.

Agradeço vivamente aos membros do coro e da orquestra, que nos ajudaram a viver mais a fundo a sagrada liturgia, e a todos os presentes: com as vossas respostas e vossos cânticos elevastes uma magnífica sinfonia ao Céu.

Nunca acabaria de manifestar a minha gratidão e quem dedicou horas e horas de trabalho alegre para preparar a celebração. Um agradecimento particular para os profissionais dos meios de comunicação, que tornaram possível que tantas pessoas em todo o mundo tenham podido participar nos seus países nesta cerimônia.

Agradecimentos também muito especiais aos que preparam – com a sua oração e o seu sacrifício – os abundantes frutos espirituais destes dias.

Concretamente aos doentes e aos que, por diversos motivos, não puderam acompanhar-nos fisicamente. Contudo, espiritualmente, estiveram muito unidos a nós, com o oferecimento das suas doenças ou das suas ocupações. A todos, um muito obrigado! E que o exemplo e a intercessão do novo bem-aventurado nos animem a percorrer sem tréguas, cheios da alegria cristã, o caminho da santidade.