“Mãe de Deus e Mãe nossa”

Que humildade, a de minha Mãe Santa Maria! - Não a vereis entre as palmas de Jerusalém, nem - afora as primícias de Caná - à hora dos grandes milagres. - Mas não foge ao desprezo do Gólgota; ali está juxta crucem Jesu, junto à cruz de Jesus, sua Mãe. (Caminho, 507)

Esta foi sempre a fé segura. Contra os que a negaram, o Concílio de Éfeso proclamou que se alguém não confessa que o Emmanuel é verdadeiramente Deus, e que por isso a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, já que engendrou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema (...).

A Trindade Santíssima, escolhendo Maria como Mãe de Cristo, Homem como nós, nos colocou a cada um sob o seu manto maternal. É mãe de Deus e Mãe nossa.

A Maternidade divina de Maria é a raiz de todas as perfeições e privilégios que a adornam. Por esse título, foi concebida imaculada e está cheia de graça, é sempre virgem, subiu em corpo e alma aos céus, foi coroada como Rainha da criação inteira, acima dos anjos e dos santos. Mais do que Ela, só Deus. A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, derivada do bem infinito que é Deus (São Tomás de Aquino, Summa Theologiae, I, q. 25, a. 6). Não há o perigo de exagerar. Nunca aprofundaremos bastante neste mistério inefável; nunca poderemos agradecer suficientemente à nossa Mãe esta familiaridade com a Trindade Beatíssima que ela nos deu.

Éramos pecadores e inimigos de Deus. A redenção não só nos livra do pecado e nos reconcilia com o Senhor, mas também nos converte em filhos, nos entrega uma Mãe, a mesma que engendrou o Verbo, segundo a sua Humanidade. É possível maior prodigalidade, maior excesso de amor? (Amigos de Deus, nn. 275-276)

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