“E toca a recomeçar!”

O convencimento do teu “material ruim” - o teu conhecimento próprio - dar-te-á uma reação sobrenatural; que fará arraigar mais e mais na tua alma o contentamento e a paz, perante a humilhação, o desprezo, a calúnia... Depois de pronunciares o "fiat" - Senhor, o que Tu quiseres -, o teu raciocínio nesses casos deverá ser: “Só disse isso de mim? Vê-se que não me conhece; de outro modo, não teria parado por aí”.

Como estás convencido de que mereces pior tratamento, sentirás gratidão por aquela pessoa, e te alegrarás com o que faria sofrer a outro. (Sulco, 268)

Experimentamos continuamente a nossa ineficácia pessoal. Mas, às vezes, é como se todas essas coisas se juntassem, como se se manifestassem aos nossos olhos com maior relevo, para que tomemos consciência do pouco que somos. Que fazer?

Expecta Dominum, espera no Senhor; vive de esperança - sugere-nos a Igreja - com amor e com fé. Viriliter age, porta-te varonilmente. Que importa que sejamos criaturas de lodo, se temos a esperança posta em Deus? E se nalgum momento uma alma sofre uma queda, um retrocesso - não é necessário que aconteça -, aplica-se-lhe o remédio, como se faz normalmente na vida corrente com a saúde do corpo. E toca a recomeçar!

(...) À vista das nossas misérias e dos nossos pecados, dos nossos erros - ainda que, pela graça divina, sejam de pouca monta -, corramos à oração e digamos ao nosso Pai: Senhor, na minha pobreza, na minha fragilidade, neste meu barro de vaso quebrado, Senhor, coloca-me uns grampos e - com a minha dor e com o teu perdão - serei mais forte e agradável à vista do que antes! Uma oração consoladora, para que a repitamos quando este nosso pobre barro se quebrar. (Amigos de Deus, nn. 94-95)

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