Sempre é tempo de ajudar

Estudantes universitários realizaram um trabalho solidário em Itajaí (SC), cidade que sofreu com as enchentes de 2008.

Itajaí é uma bonita e bem organizada cidade de Santa Catarina, mas, com as enchentes do final de 2008, passou por momentos difíceis. Na região, mais de 20.000 pessoas ficaram desalojadas e o porto de Itajaí, o principal de Santa Catarina e o maior do país em exportação de frios, sofreu graves danos. Naquele ano, a população recebeu a solidariedade de muitas pessoas e instituições.

E foi em Itajaí que na primeira semana de janeiro deste ano “desembarcaram” estudantes universitários, que frequentam o Centro de Estudos Universitários do Sumaré, na cidade de São Paulo. O objetivo era realizar um trabalho solidário – ajudar na reforma de uma creche e visitar famílias carentes – e também melhorar a sua própria formação espiritual, através de palestras sobre as virtudes cristãs.

A creche vive de contribuições. Felizmente, mesmo com as vicissitudes econômicas da região, continuam recebendo alimentos suficientes para as 250 crianças, que passam pela escola nalgum período do dia. No entanto, o número de alunos vem crescendo e há muitas vezes dificuldades para cobrir todas as despesas. E, em razão dessa necessidade, estudantes de Educação Física, Medicina, Direito, Engenharia, Economia e Arquitetura viajaram para cooperar com a reforma das instalações da creche, principalmente a pintura. O trabalho durou cinco dias completos.

Foram lá com o intuito de colaborar, mas na verdade os próprios estudantes também receberam muitas ajudas. A população local trazia-lhes presentes, como bolos e peças de artesanato, além de preparar-lhes as refeições. Também um pedreiro se dispôs a cooperar na pintura. A solidariedade era mútua.

Leonardo, estudante de Economia, visitou uma família, cuja principal fonte de renda é o comércio ambulante de pequenos quitutes. A mãe trabalha muitas horas por dia, para prover o sustento dos filhos. Ele ficou impactado com o heroísmo dessa senhora, ainda mais porque ela o fazia com uma grande serenidade. Leonardo tinha levado de presente para as crianças uma caixa de bombons, mas voltou para a creche – onde passavam à noite – com a convicção de que tinha recebido muito mais do que havia dado.

No dia 10 de janeiro, os estudantes voltaram para São Paulo. Talvez um pouco cansados com o trabalho, mas – com certeza – felizes com a pequena ajuda que puderam dar e com o muito que receberam e aprenderam nesses dias.

Desde 1972, o Centro de Estudos Universitários do Sumaré é um espaço para o aprimoramento humano de universitários e alunos do ensino médio. O Centro é impulsionado pela OSUC (Obras Sociais, Universitárias e Culturais), entidade beneficente sem fins lucrativos. Também oferece, aos que o desejarem, atividades de formação católica promovidas pelo Opus Dei.