Mons. Ocáriz recordou uma das conclusões do último congresso geral do Opus Dei: a necessidade de pôr Cristo no centro da vida do cristão. “Todas as nossas atividades devem estar centradas em Cristo – disse. Devemos ser-Lhe fiéis na nossa vida diária. Ser fiel a uma Pessoa, Jesus Cristo, motiva muito mais do que ser fiel a uma ideia”.
Com efeito, “Deus fez-se homem para cada um de nós. Chamou-nos a realizar a Sua Obra por nosso intermédio. Impele-nos a ser fiéis, a ser generosos. Dá-nos também o mandatum novum e, devemos aprender a ver Jesus Cristo nos outros”.
Mons. Fernando Ocáriz concretizou que esta não é apenas uma ideia: “Cristo está realmente presente nos nossos irmãos e irmãs. Devemos ver o Senhor nas almas para, depois, levar essas mesmas almas a Cristo. É o próprio Senhor que mete no nosso coração esse amor a Jesus Cristo e às almas”.
Devemos cultivar essa atitude habitual de ver as coisas de modo positivo
“A nossa oração – disse dirigindo-se aos presentes – deve centrar-se no Evangelho, que é a Palavra viva de Deus”. Também se referiu a um legado importante de São Josemaria: “Um grande amor à liberdade e ao bom humor”. Com efeito, a liberdade e a alegria são duas realidades que vão juntas: “Devemos cultivar essa atitude habitual de ver as coisas de modo positivo. Como diz o Antigo Testamento de modo eloquente: a alegria do Senhor seja a vossa força”.
Os participantes fizeram perguntas sobre diversos temas: o sentido da dor, o apostolado com pessoas que não creem em Deus, o testemunho cristão num ambiente profissional afastado da fé, a contribuição no impulso evangelizador noutros países, o amor ao Papa e à Igreja, a atitudes que se podem ter com os filhos quando tendem a deixar-se levar por modas que não os ajudam...
Em qualquer coisa que façamos, tenhamos presente a comunhão dos santos
Entre outros conselhos, o Prelado sublinhou a importância da amizade: “Trata-se de conhecer bem os outros e de nos deixarmos conhecer, dando testemunho das realidades que levamos no coração. As nossas conversas devem ser sempre serenas. Em qualquer coisa que façamos, tenhamos presente a comunhão dos santos, que é uma realidade: nunca estamos sós. Procuremos ver o Senhor nos outros e rezar muito pelo Papa, que leva sobre os ombros o peso da Igreja e das almas”.