Papa: o Jubileu é no mundo inteiro

Cerca de 15 mil peregrinos se reuniram na Praça S. Pedro para ouvir a catequese do Pontífice, que foi dedicada aos sinais do Jubileu: cruzar a Porta Santa, abeirar-se do sacramento da Confissão, amar a todos e tudo perdoar.

A misericórdia e o perdão não podem ficar reduzidos a belas palavras; são vida e dão vida neste Jubileu, se aderirmos de coração aos sinais que o caracterizam: cruzar a Porta Santa, abeirar-se do sacramento da Confissão, amar a todos e tudo perdoar.

O primeiro sinal é a Porta Santa, que eu quis aberta em todas as dioceses do mundo, para todos os fiéis poderem experimentar a graça do Jubileu. Aquela Porta indica o próprio Jesus, que nos convida a entrar e repousar n’Ele, mas também nos impele a sair ao encontro dos outros, levando-lhes o seu abraço de amor e perdão. Por isso, não teria grande eficácia o Jubileu, se a porta do nosso coração não se abrisse para deixar Cristo passar para os outros.

Assim como a Porta Santa permanece aberta, porque é o sinal do acolhimento que Deus nos reserva, assim também há-de estar sempre aberta de par em par a nossa porta, sem excluir ninguém. Amar e perdoar são o sinal concreto de que a fé transformou o nosso coração, manifestando-se em nós a própria vida de Deus: amar e perdoar, como Deus ama e perdoa. Por vezes ouvimos pessoas lamentar-se de que não conseguem perdoar. É verdade que não é fácil perdoar, porque o nosso coração é pobre e, só com as nossas forças, não conseguimos perdoar; mas tornamo-nos capazes de perdão, se nos abrirmos a Deus e acolhermos a sua misericórdia em nós.

E como podemos acolher e sentir a misericórdia de Deus em nós? Abeirando-nos do sacramento da Confissão, que nos reconcilia com Deus: vendo o estado miserável em que nos deixaram os nossos pecados, que reconhecemos e Lhe confessamos, Ele enche-Se de compaixão ficando Ele com os nossos pecados e regenerando-nos como seus filhos; acolhe-nos no seu seio e encoraja-nos a seguir pela estrada do bem.