Montse Grases e São Josemaria

A 27 de Abril foi publicada a notícia da promulgação do decreto sobre a heroicidade das virtudes de Montse Grases (1941-1959), uma jovem do Opus Dei. Montse esteve em Roma de 11 a 16 de Novembro de 1958 e teve oportunidade de conhecer S. Josemaria durante esses dias. Publicamos um breve relato do encontro, contado por J.M. Cejas no seu livro "Montse Grases. La alegría de la entrega".

A 27 de Abril foi publicada a notícia da promulgação do decreto sobre a heroicidade das virtudes de Montse Grases (1941-1959), uma jovem do Opus Dei.

Montse esteve em Roma de 11 a 16 de Novembro de 1958 e teve oportunidade de conhecer S. Josemaria durante esses dias. Publicamos um breve relato do encontro, contado por J.M. Cejas no seu livro "Montse Grases. La alegría de la entrega".

Montse, à direita com uma blusa azul claro

Aqueles dias em Roma foram, sem dúvida alguma, apesar da dor física, os mais felizes da sua vida.

Para que o fossem, o Fundador tinha dado uma série de indicações muito concretas e precisas. Queria - recorda Martha Sepúlveda - que a fizéssemos passar esses dias o melhor possível" adiantando-se a fazer o que lhe pudesse agradar. Disse-lhes que "lhe deviam adivinhar o pensamento".

Na 5ª feira, 13 de Novembro encontrou-se com o Padre. Montse quis usar para essa ocasião a sua melhor roupa. "O Padre - contava Encarnita Ortega - perguntou-lhe pela viagem, pelos pais e irmãos. Agradeceu-lhe os dois exemplares de Caminho que tinha encadernado pessoalmente para ele em Barcelona. Disse-lhe que pedisse a Deus a saúde, porque a saúde é uma coisa boa, e que lhe prometesse que, se a concedesse, seria sempre fiel. Mas que acrescentasse que aceitava plenamente a sua vontade". "O Padre disse-lhe que ele queria que se curasse e que rezaria para que ficasse boa, contudo aceitava em tudo a vontade de Deus." Deu-lhe um terço e uma medalha. E quis tirar uma fotografia com ela. "Depois de tirar a fotografia - continuava Encarnita – fomos para a sala de jantar da Villa. O Padre pôs os óculos de sol para esconder como estava emocionado, e disse que lhe ia dar a bênção". Montse tentou ajoelhar-se e o Padre não o consentiu. Colocou as mãos sobre a sua cabeça e depois fez-lhe o sinal da cruz na testa. Quando lhe deu a bênção disse-lhe: "Incômodos, minha filha, tens e terás, mas oferece-os pelos teus pais, pelas tuas irmãs, pela Obra e por mim". "Ao sair - concluía Encarnita -, voltou-se ao cruzar a porta e esteve uns segundos a olhar profundamente e com carinho para essa sua filha".

Breve biografia de Montse

María Montserrat Grases García – Montse - nasceu em Barcelona, a 10 de Julho de 1941. Foi a segunda dos nove filhos de Manuel Grases e Manolita García.

Em 1954 conheceu o Opus Dei, instituição da Igreja Católica, fundada em 1928 por São Josemaria Escrivá, para recordar que todos os cristãos são chamados a ser santos no seu ambiente familiar e profissional.

Pouco a pouco, apercebeu-se de que Deus a chamava a este caminho da Igreja e, a 24 de Dezembro de 1957 - após meditar, rezar e pedir conselho -, solicitou a sua admissão no Opus Dei. A partir de então, esforçou-se com maior decisão e constância por procurar a santidade na sua vida quotidiana; na sua luta ascética pôs em primeiro plano a contemplação da vida de Jesus, a piedade eucarística, a devoção a Nossa Senhora, uma profunda humildade e o empenho em servir os outros.

Em Junho de 1958 diagnosticaram-lhe um cancro (sarcoma de Ewing) no fémur da perna esquerda. A doença durou nove meses, e causou-lhe dores muito intensas, que aceitou com serenidade e fortaleza.

Morreu a 26 de Março de 1959, Quinta-Feira Santa, pouco antes de fazer 18 anos.

Para mais informação (em espanhol):

www.montsegrases.org