A justiça

Qual seria a sua proposta para cristianizar as estruturas civis e laicas para resolver os problemas de justiça social?

Para iluminar com a luz do Evangelho as estruturas sociais não existe uma só fórmula, nem um só programa. Além disso, a justiça social não está circunscrita às atividades de carácter assistencial, nem a um tipo de países, nem a determinados grupos de indivíduos. A justiça abarca todas as relações entre os homens.

Por esse motivo, «cristianizar as estruturas civis», como você disse, representará sempre uma missão fundamental dos leigos, de homens e mulheres que vivam a sua fé de forma coerente em todas as profissões: empresários e trabalhadores, políticos, professores, funcionários públicos, advogados... Ninguém está isento de tal responsabilidade.

Nesse contexto, adquire um valor capital o trabalho de formação cristã, que deve ser profunda, madura, realista. Uma boa formação intelectual, profissional, espiritual, ética, ajuda a inventar ou descobrir mil formas de exercitar a justiça no trabalho comum e em todas as relações entre os homens. Como bispo, considero esta tarefa um desafio pastoral apaixonante.

"CATALUNYA CRISTIANA", Barcelona, 18/05/2000