Cerca de 400 pessoas participaram do Ato Acadêmico em homenagem ao Bem-aventurado Josemaría Escrivá, que teve lugar na sede do Centro de Extensão Universitária (CEU), em São Paulo, nos dias 30 de abril e 1o de maio. As conferências, proferidas por acadêmicos de diferentes áreas nas quais atua o CEU, analisaram o influxo dos ensinamentos do Bem-aventurado Josemaría em diversos campos do saber humano.
A abertura do ato foi feita pelo cardeal arcebispo de São Paulo, D. Cláudio Hummes. De acordo com as palavras do cardeal, o laicato católico “pode encontrar em Escrivá um caminho de santificação, de vivência da fé católica no mundo, exercendo a sua profissão. Isto é muito importante, de modo especial hoje, num mundo extremamente laicizado, fechado à transcendência, numa sociedade que não tem Deus entre as suas prioridades e entre os seus critérios de julgamento e de planejamento”. Também pronunciou umas palavras o ministro Gilmar Ferreira Mendes, Advogado Geral da União.
Amar o mundo apaixonadamente
Na conferência inicial, Alfonso Nieto, ex-reitor da Universidade de Navarra (Espanha), destacou o apreço e entusiasmo de Mons. Escrivá pelo mundo universitário e o impulso que soube dar a tantas iniciativas e pessoas dedicadas a essas funções. Nieto afirmou que “a missão inovadora do Bem-aventurado Escrivá foi tornar novo o velho, converter o ordinário de sempre — o trabalho — em caminho para unir-se a Deus”. Já Carlos Alberto Di Franco, diretor do Master em Jornalismo para Editores, retratou ensinamentos de Mons. Escrivá sobre a liberdade de expressão, destacando a relação entre o direito à informação e o direito à intimidade.
Utilizando como base a homilia Amar o mundo apaixonadamente, proferida pelo Bem-aventurado Josemaría em 1967, Maria Helena Nery Garcez, professora titular de Literatura Portuguesa da Universidade de São Paulo, destacou que, “a uma sociedade ocidental descrente de encontrar sentido para a vida na religião (...), o Fundador do Opus Dei repete, com insistente martelar, que a vocação cristã consiste em transformar em poesia heróica a prosa de cada dia.”
Abordando o tema do Direito e a dignidade do ser humano no pensamento de Josemaría Escrivá, Ives Gandra da Silva Martins, Diretor Presidente do CEU, ressaltou que, para mons. Escrivá, “a vida antecedia o direito, e este devia conformar-se com ela (...), jamais admitindo um direito capaz de abafar, mutilar ou ferir a dignidade humana”. Paulo Roberto Ferreira, diretor do Instituto Superior da Empresa, tratou da função social da empresa nos ensinamentos do Bem-aventurado Josemaría, e a Dra. Ieda Verreschi, professora da Escola Paulista de Medicina, discorreu sobre a atitude do fundador do Opus Dei perante a dor.
Lançamento do selo comemorativo
O ato acadêmico encerrou-se com o lançamento de um selo do correio brasileiro comemorativo do centenário do nascimento do fundador do Opus Dei, numa cerimônia a que estiveram presentes diversas autoridades, entre elas Ives Gandra da Silva Martins Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Domingos Franciulli Neto, ministro do Superior Tribunal de Justiça e Walton Alencar Rodrigues, ministro do Tribunal de Contas da União.
De acordo com o edital oficial da emissão, “no selo, o perfil de Josemaría Escrivá destaca-se sobre a imagem da Basílica de Nossa Senhora de Aparecida do Norte, padroeira do Brasil, demonstrando o amor a Nossa Senhora, que caracterizou a vida e os ensinamentos do homenageado. Lembrando sua visita a esse santuário durante sua estada no Brasil, em junho de 1974, completa o conjunto uma frase dita por ele, quando, cativado pela riqueza cultural e de raças, via o país como Uma mãe grande, que abre os braços a todos e a todos chama filhos”.
Durante a cerimônia de lançamento do selo, foi feita a primeira exibição em português do documentário A Grandeza da Vida Cotidiana, de Alberto Michelini, que retrata como pessoas de diversas partes do mundo procuram levar à prática, em suas vidas, os ensinamentos do Bem-aventurado Josemaría.