Congo acolhe a primeira igreja dedicada a S. Josemaria na África

Sob um telhado de palmeiras e sentados em bancos de bambu, os habitantes do povoado congolês de Nkama-Bangala (“500 bastões”, em idioma lari), celebraram com alegria a bênção da primeira igreja dedicada a São Josemaria na África

A igreja de São Josemaria, com alguns paroquianos e o Núncio Apostólico do Congo-Brazzaville e do Gabão.

No dia 21 de setembro último, após dois anos de trabalho, os habitantes da cidade de Nkama-Bangala (“Quinhentos bastões”, na língua lari) celebraram com alegria a benção da igreja de São Josemaria Escrivá. Presidida pelo Núncio Apostólico do Congo-Brazzaville e do Gabão, D.Andrés Carrascosa, a Missa foi concelebrada por D. Portella, bispo de Kinkala, D. André Minzonzo, bispo de Nkay, e vários padres da diocese de Kinkala, onde se encontra a nova igreja.

A história desta igreja remonta a três anos, quando o Papa João Paulo II instituiu o ano da Eucaristia. Com o objetivo de favorecer a devoção eucarística, as alunas do liceu Orvalle, em Madrid, fizeram uma campanha de recolhimento de fundos. Tendo sido informadas por D. Carrascosa das dificuldades experimentadas na diocese de Kinkala, logo após a guerra que destruiu essa parte do Congo – destruição de escolas, da infra-estrutura, das igrejas, etc. – as alunas decidiram dedicar os fundos arrecadados para a construção de uma igreja. O que parecia um sonho tornou-se realidade.

Os paroquianos se vestiram com seus trajes de festa para a cerimônia.

A igreja, simples e com uma aparência simpática, foi construída com a colaboração dos moradores da região. O pároco, abade Bienvenu Manamika, mobilizou seus fiéis para que trouxessem pedras, tadi, para os alicerces; os pedreiros fizeram as plantas e ergueram, pouco a pouco, as paredes: alguns seminaristas de Kinkala, durante suas férias, tornaram-se experts em pintura, e, alguns dias antes da inauguração, deram as últimas pinceladas nas paredes externas. Uma estátua de São Josemaria, doação dos alunos de uma outra escola, o liceu Grazalema de Porto de Santamaría, foi colocada no interior da Igreja e benzida durante a cerimônia.

Os moradores vieram três dias antes para limpar ao redor da igreja e preparar o local, do lado de fora, no qual iria se desenrolar a cerimônia. Com galhos de palmeira, mandalala, construíram palhoças onde os fiéis puderam sentar-se, sobre bancos de bambu. Alguns representantes do Exército da Salvação e da igreja Evangelista também estavam presentes.

Muitas devotas de São Josemaria se vestiram com a imagem do santo.

O Núncio, em sua homilia, encorajou os fiéis,  –várias centenas–, a tornar-se templos vivos onde o Senhor possa sentir-se à vontade. A igreja de São Josemaria, fruto do trabalho de todos, era o sinal de que todos juntos podemos viver em paz. Ele convidou o Vigário do Opus Dei no Congo, vindo de Kinshasa, para dirigir uma palavra aos participantes da cerimônia e falar-lhes também sobre São Josemaria.

O núncio abençoa a estátua dedicada a São Josemaria.

A seguir, uma vez terminada a Missa, toda a cidade festejou com cantos tradicionais, e um bom almoço, preparado pelas mulheres da região. Todos partiram com uma estampa de São Josemaria, com a oração em lari, a língua local, impressa para a ocasião.

Os três bispos, na festa seguinte à inauguração. “A igreja de São Josemaria, fruto do trabalho de todos, é um sinal de que juntos podemos viver em paz”, disse o Núncio.

O momento da apresentação das ofertas. Todos os habitantes de Nkama-Bangala contribuíram para a construção da edificação.

Em uma terra que necessita de paz, a fé é muito importante.

A igreja está construída com materiais simples e com a ajuda de meninas de dois colégios espanhóis.